quinta-feira, 1 de maio de 2008

no lugar do meio

uma greve.
produzir, pra que? no final o que passa, de quem sao esses olhos verdes?
as coisas devoradas, eu como muito rapido, nao mastigo direito,o estomago, o estomago e os intestinos estao fazendo exforco demasiado. fatigante. engolir goela abaixo, conectado com tudo, toda informacao, entupido sem nem mesmo provar o gosto. nao me interessa virar um glutao. aqueles que tem computadores.

demanda infinita, a coisa toda cansa, cansa.
informacao, filmes, historia, muita historia. como se utiliza a camisa passada, muito bem passada pelo ferro quente? evitando confusoes, uma onda massica de coisas misturadas, cores de todos lugares. me afasto mais daquilo e ele segue rua abaixo, atravessa o rio, e descansa fumando um cigarro de maconha.

aqui eh permitido fumar. o coelho da pascoa traz sem deixar vestigios. sempre, todos os dias.
a ponta dos dedos deslizando. busco uma moradia, um teto por um dia que seja. nao quero mais pagar para dormir. me recuso. criar coisas invisiveis, casas invisiveis, aquelas realmente invisiveis para quem tem olhos, uma especie de mitologia politica de mim.

dois pontos e se abre um espaco para frente. focal, quase unidirecional.
as coisas dao voltas, o sol, a lua. ciclos que acontecem antes de eu nascermorrer. 12 passos que se repetem. outros atravessam flutuando. todos invisiveis, nunca os vejo, mas estao fisicamente, fortemente. sapatos vermelhos, sempre olho para baixo quando usam sapatos vermelhos. eu disse que queria um desses.

anos atras enterrei um objeto, fechei meus olhos e dei sete passos para tras.
depois me virei , olhei pra frente e pensei em filmar uma cena numa estrada, caminhando com patins silenciosos, deslizando pela estrada com a camera na mao, sem os solavancos dos passos. deslizando. uma ceramica branca, ovalada, lisa e brilhante, tao reluzente que chegava a despertar minha fotofobia.

as bordas se abrem em diagonais timidas. se abrem infinitamente.

assim o mestre cortou o dedo indicador de seu discipulo que ficou paralizado de horror e em panico levantou seu dedo indicador para xingar seu mestre.

Um comentário:

Unknown disse...

Alê??? vc tá ai ??